Agrupamento de Escolas de Valpaços

Não aprende matemática? Porquê?


Com esta pequena abordagem pretende-se entender as dificuldades, ou os fatores que dificultam a aprendizagem da matemática. Um grande desafio que a escola tem enfrentado é o ensino da matemática. Professores, pais e alunos deparam-se durante todo o ano letivo com situações às vezes difíceis de resolver. É geral o conceito de que a matemática é difícil e que somente os inteligentes conseguem assimila-la. O problema é que os alunos crescem com isso na cabeça. Alguns acreditam que não são inteligentes o suficiente. Para muitos pais e professores a culpa é do próprio aluno. Indisciplinado e preguiçoso. Porém nem sempre é assim…há que tentar descobrir  o motivo/causa.

O que é?
Discalculia é um problema biológico e inato que nada tem a ver com aspetos do ambiente afetando a capacidade da criança em aprender matemática. Estudos de imagem e comparações realizadas entre indivíduos com Discalculia e indivíduos não portadores deste transtorno, mostram que os primeiros apresentam o sulco intra-parietal menor.

Como diagnosticar a discalculia?
O diagnóstico requer avaliação multidisciplinar com o envolvimento de especialistas nas áreas de psicopedagogia, neuropsicologia e neuropediatria. Não existem exames de imagem ou de laboratório para esta confirmação,  apenas mediante testes e correlações com a evolução pedagógica e seu comportamento com os números no quotidiano.

Sinais de alerta:

É importante diagnosticar o mais rapidamente possível de forma a intervir o quanto antes. Deste modo há que estar atento a:
·       -  Escassa habilidade para contar;
·       -  Dificuldades na identificação dos números;
·        - Dificuldades na compreensão de símbolos;
·         -Incapacidade para estabelecer uma correspondência reciproca;
·        - Dificuldades nos conceitos de medida, horas e valor das moedas;


Qual o seu tratamento?
Quanto ao tratamento, não existem medicações, exceto quando há TDAHTranstorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) associado.  Ele deve ser baseado em intervenção precoce,  adaptação curricular e suporte psicopedagógico. A escola deve compreender a dificuldade e fazer modificações nos conteúdos, visando facilitar a aprendizagem da matemática utilizando-se de materiais concretos para ensiná-la. Não existe “cura” para esta condição e o portador deverá aprender a lidar com o transtorno.
Cabe-nos a nós docentes ter uma atenção indivudualizada desenvolvendo atividades de  promoção de aprendizagens capazes de  desmistificar este «bicho de sete cabeças», valorizar a sua auto-estima e promover o sucesso da criança.

     
 

Estes são  alguns exemplos de atividades que se realizam na oficina da matemática com o objetivo de minimizar o insucesso de alunos com discalculia.




 Isabel Alves de Carvalho

Sem comentários:

Enviar um comentário

Mensagens Populares

Mensagens Recentes